Texto: Nuno Vicente Encenação: Nuno Vicente Estreia: 08-02-2013 | Casa de Teatro de Sintra
Catarina ama Edward.
Harry ama Edward. Edward não sabe se ama... Ainda existe drama assim? Verão sufocante numa qualquer ilha do mediterrâneo, onde Harry e Edward habitam uma casa isolada. Harry tenta escrever um novo romance na companhia de um caranguejo. Edward desenha um plano de fuga enquanto luta com um armário. Catarina entra em rota de colisão com a pacatez podre da ilha. Harry e Catarina lutam pela posse do último despojo: Edward. Três personagens a fugir da morte. Três personagens a correr para a morte. De quem será o sangue que corre para o mar?
Em sinopse: a Harry é detectado um cancro na garganta; Edward é um "agarrado" terminal; Catarina idealiza‐se uma heroína dramática que enfrenta corajosa a ruína que ameaça toda beleza. São todos tocados por esse "Anjo da Morte" que cuida das personagens. São estas três personagens que arcam, solitárias, com todo o peso do "ocaso civilizacional". Em causa, a aparente luta – obcecada, estéril, amoral, condenável – de Harry e Catarina pela posse do último despojo, Edward. Quase um exercício de alternância num jogo de sadomasoquismo. Se lutam, como que num último estertor, em nome do corpo, como bestas humanas, ou em nome do Amor, como anjos caídos, cabe a cada espectador decidir: decisão que fornece o desfecho para o ritual.
Nuno Vicente, autor e encenador de Harry Edward Catarina, descreve assim o espectáculo: "É um triângulo dramático deliberadamente viciado, desde a casa de partida. Uma tragédia, se algum espectador ainda acredite em tragédias sobre o palco. Dois homens e uma mulher, encerrados numa ilha deserta. Mediterrânea, sangrenta, ancestral, a visão das ilhas gregas a partir de Éfeso, na costa turca. O óbvio do estereótipo, o postal turístico da praxe. É um triângulo de forças onde a banda sonora e o desenho de luzes competem com o mesmo protagonismo dos três intérpretes, confrontados, todos, com o ar rarefeito das palavras feitas exílio. Com o público, como navalha fluida ou garrote, a delinear o círculo opressor em redor da ilha das personagens." FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Texto e Encenação: Nuno Vicente
Sonoplastia, Desenho de Luz e Montagem: Nuno Teixeira, Rui Braz Interpretação: Pedro Mendes, Sérgio Moura Afonso, Susana C. Gaspar Fotografia: Mariis Capela Produção Executiva: Bárbara Rocha Direcção de Produção: Rui Braz Apoio: Câmara Municipal de Sintra, Junta de Freguesia de Algueirão Mem-Martins Media Partners: Actual Sintra, Cidade Viva, Correio de Sintra, Jornal da Região, Jornal de Sintra
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