Texto: Susana C. Gaspar
Encenação: Susana C. Gaspar
Ante-estreia: 16-12-2011 | Centro Cultural Olga Cadaval
Estreia: 17-02-2012 | Casa de Teatro de Sintra
Outras apresentações: Lisboa, Teatro da Comuna | Tavira, sede da Associação Min-Arifa
Prémios: Espectáculo seleccionado no concurso Jovens Criadores 2012 (Clube Português de Artes e Ideias)
«Não sei quantos éramos, talvez 280, 300. Havia 40 mulheres, oito delas somalis, como eu.»
Disse Asha Omer, grávida, de 21 anos, que se salvou porque o marido a agarrou pelo cabelo.
Desde Janeiro de 2011, mais de 40 mil imigrantes clandestinos venceram as costas de Lampedusa fugindo da guerra e da pobreza. Chegam em pequenas embarcações amontoadas de gente, sem água, sem comida, a esta ilha do sul de Itália com apenas 6 mil habitantes autóctones.
As reacções desencadeadas perante as crescentes notícias sobre naufrágios, o consequente número de mortos, repatriações, histórias incríveis de sobrevivência, constituem o material de trabalho de Lampedusa.
"Este é um trabalho necessariamente enformado pela visão crítica de cidadãos de uma Europa que brilha aos olhos de quem parte de África", afirma Susana C. Gaspar. "Cruzando diferentes narrativas sobre a ilha, incluindo o nosso próprio diário de viagem a Lampedusa, propomos uma reflexão performativa sobre alguns conceitos tangenciais a este tema: identidade, território e fronteiras."
Disse Asha Omer, grávida, de 21 anos, que se salvou porque o marido a agarrou pelo cabelo.
Desde Janeiro de 2011, mais de 40 mil imigrantes clandestinos venceram as costas de Lampedusa fugindo da guerra e da pobreza. Chegam em pequenas embarcações amontoadas de gente, sem água, sem comida, a esta ilha do sul de Itália com apenas 6 mil habitantes autóctones.
As reacções desencadeadas perante as crescentes notícias sobre naufrágios, o consequente número de mortos, repatriações, histórias incríveis de sobrevivência, constituem o material de trabalho de Lampedusa.
"Este é um trabalho necessariamente enformado pela visão crítica de cidadãos de uma Europa que brilha aos olhos de quem parte de África", afirma Susana C. Gaspar. "Cruzando diferentes narrativas sobre a ilha, incluindo o nosso próprio diário de viagem a Lampedusa, propomos uma reflexão performativa sobre alguns conceitos tangenciais a este tema: identidade, território e fronteiras."